
Quem nunca teve vontade de mandar tudo pelos ares? De querer que tudo se exploda em um misto de raiva, frustração e vontade de simplesmente desistir?
Apesar de tentadora, imaginar solução tão drástica para o enfrentamento de nossos problemas, traria uma série de inconvenientes, especialmente se fosse adotada pela maioria das pessoas. Vejamos, entretanto, o que poderia ser um bom uso de nossa dinamite metafórica: Imagine, caro leitor, um obstáculo instransponível, um problema tão grande que apenas a tarefa de descrevê-lo já nos causa estafa e desânimo, algo que desafia nossa capacidade de sequer imaginar um desfecho satisfatório. Tomemos como exemplo a necessidade de remover uma montanha que se interpõe à construção de uma rodovia. Poderíamos pensar na escavação de um túnel, mas vamos assumir que essa possibilidade seja inviável por algum motivo… Não tem jeito, a solução é “simples”: remover a montanha.
É claro que você já percebeu aonde quero chegar e sim, é na dinamite (quem não gosta de uma boa explosão?). Remover aquela montanha gigantesca é impossível se não a quebrarmos em pedaços menores de modo que possamos retirá-los de forma mais fácil, ainda que trabalhosa.
QUAL É O TAMANHO DA SUA MONTANHA?
O simbolismo da montanha intransponível pode ser transferido para nossas vidas profissional e pessoal, bem como a metáfora da dinamite. Em sua obra mais conhecida, “O Discurso do Método”, o filósofo francês, René Descartes (1596 – 1650), estabelece uma forma de conduzir o pensamento por meio do entendimento racional de um problema, baseando-se na coleta de fatos e dados e transformando esses elementos em informações que permitam entender o problema e estabelecer um caminho lógico que permita chegar à sua solução. A disciplina conhecida como gerenciamento de projetos especializou-se em quebrar processos complexos em atividades e tarefas menores e mais simples de serem executadas.
Para quem gosta de frases motivacionais ou provocativas, como prefiro definir, há aquela que diz: “Toda jornada começa com um primeiro passo”. A grande mensagem contida nessa frase não está restrita à noção de que se trata de uma jornada longa, árdua e trabalhosa, mas ao que nos leva a dar o primeiro passo. Que tipo de gatilho mental precisamos ativar para ter a vontade de dar esse primeiro passo? Quais as limitações, se é que elas existem, que nos impedem de sair da inércia e nos colocar em marcha?
Cada um de nós deve buscar as respostas que julgar mais convenientes como, por exemplo, aprimorar sua capacidade técnica em alguma área de conhecimento, melhorar sua comunicação, aprender a organizar seu tempo e priorizar tarefas etc. Faça isso sozinho ou busque ajuda. Ficar parado certamente não é a melhor opção e todo problema, por maior que seja, sempre tem uma solução possível.