
ou, as delícias e as angústias de buscar conhecimento sempre.
O título deste post é uma frase atribuída ao filósofo grego Sócrates, um dos seres humanos mais sábios que já pisaram neste nosso mundo. Mas, se até mesmo Sócrates, que teve entre seus discípulos o não menos sábio Platão, afirma que nada sabe, o que resta para nós, pobres mortais?
Uma das interpretações que já ouvi para essa frase é que Sócrates a utilizava para instigar seus alunos a uma investigação profunda sobre os mais diversos temas, baseando-se no fato de que, embora soubessem muito, não sabiam tudo e ainda eram ignorantes em muitos assuntos. Podemos, ainda, entender a frase como a constatação de que, por maior que seja nosso conhecimento, haverá sempre meandros intelectuais que escapam à nossa compreensão.
A ignorância não é uma benção
O Mito da Caverna, de Platão, descreve uma sociedade cuja compreensão do mundo estava restrita às sombras projetadas nas paredes de uma gruta pela luz proveniente de uma fogueira. Dentro daquela caverna estava todo o conhecimento daquele grupo e o mundo externo não era apenas desconhecido, ele simplesmente não existia. Para Platão, a caverna limita as possibilidades humanas e aprisiona nossas almas. Acreditar que aquilo que já conhecemos nos basta e nos contentarmos com nossas certezas momentâneas é condenar a nós mesmos ao espaço limitado e limitante da caverna. Fechar os olhos ao que acontece à nossa volta não faz com que a diversidade deixe de existir e ignorar novas descobertas e novas formas de pensar apenas nos deixa mais distantes de uma vida plena e satisfatória. O choque, ao sair da caverna, costuma ser grande.
A pandemia que nos atingiu de forma surpreendente e que forçou uma mudança repentina em nossos hábitos pessoais e profissionais trouxe alguns efeitos colaterais positivos. Tenho certeza de que muitos de nós, especialmente aqueles que não atuam diretamente com tecnologia, estão se virando bem com aplicativos de teleconferência e plataformas de ensino à distância. Aliás, falando em ensino à distância, é impressionante a quantidade de cursos, treinamentos e seminários que surgiram durante essa fase de home-office, muitos deles gratuitos. A internet sempre se mostrou pródiga em disponibilizar informação e conhecimento praticamente intermináveis e ao alcance de um clique. Entretanto, o que se vê atualmente é uma organização mais eficiente desse vasto conteúdo. É claro que ainda existe muita porcaria e muita propaganda disfarçada de ensinamento, mas com um pouco de paciência, é possível acessar aprendizado valioso.
E você? Já saiu da sua caverna?
Confesso que, desde o início desse isolamento social a que fomos impostos, fiz vários cursos on-line, concluí vários e deixei outros tantos pelo caminho. A grande maioria relacionada à minha área de atuação: gestão empresarial e planejamento estratégico. Além de serem temas de meu interesse, são assuntos que exigem constante atualização e que apresentam novas formas de aplicação. Mas então posso dizer que saí da minha caverna, ou apenas mudei o ponto de vista das mesmas sombras projetadas na parede? Não sei ao certo, mas descobri que há muita coisa acontecendo no mercado e nas empresas de modo geral, novas formas de entender os clientes, maneiras diferentes de comercializar produtos e serviços, novos tipos de relacionamento profissional e modos mais eficientes de resolver problemas e tomar decisões. Percebi, de forma incontestável, que não é mais possível separar nossa atuação profissional de nossa vida pessoal e que cada um de nós é uma pequena empresa que presta serviços para os outros e adquire serviços dos outros. É claro que isso ainda não é uma realidade para todas as atividades, mas me parece ser um caminho sem volta e que, apesar de um pouco assustador, abre inúmeras possibilidades e confere a nós maior autonomia.
E você? O que tem feito nesse ano maluco de 2020? Que livros você leu, que cursos você fez? Talvez você tenha mudado de carreira ou esteja pensando em fazê-lo. Deixe seus comentários!
“Toda manhã, na África, a gazela acorda. Ela sabe que precisa correr mais rápido que o mais rápido dos leões para sobreviver. Toda manhã, um leão acorda. Ele sabe que precisa correr mais rápido que a mais lenta das gazelas, senão morrerá de fome. Portanto, não importa se você é um leão ou uma gazela. Quando o sol nascer, comece a correr.” (provérbio africano)
Muito bom, Ricardo. Compartilhei.
Uma observação, apenas. Quem está trabalhando em casa, com as crianças sem escola presencial, não têm este tempo livre para aproveitar. Para os demais, contudo, suas sugestões são muito válidas.
Abraço, Marcos
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Oi, Marcos. Realmente essa nova realidade trouxe mudanças à nossa rotina e um dos maiores desafios é organizar tanto a própria agenda quanto a programação das crianças como você observou. Obrigado pelo comentário. Abraços.
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O capitalismo segundo Adam Smith professor da Universidade de Oxford afirma que não há lugar para o monopólio é oligopólio. A base do capitalismo clássico é livre iniciativa privada, livre comércio, propriedade privada dos meios de produção em massa para satisfazer as massas. Sem a propriedade privada não existe capitalismo. Depois de Adam Smith, surgiram os gênios do liberalismo da Escola Austríaca de Ciências Econômicas como Ludwig Von Misea é F.A Hayek,prêmio Nobel em economia. Refutaram tudo que é anti capitalismo, inclusive o pensamento equivocado do sir John Maynard Keynes é Karl Marx obviamente .
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